Ficha de Leitura n.º 5
Referência bibliográfica: FERNANDES, Domingos (2011). Avaliação de programas e projectos educacionais: Das questões teóricas às questões das práticas. In: Domingos Fernandes (Org.). Avaliação em educação: Olhares sobre uma prática social incontornável. Pinhais, PR: Editora Melo, pp. 185-208.
Palavras-chaves: Avaliação; Avaliação de programas; Questões práticas; stakeholders;
Síntese do texto
Segundo Fernandes (2011), “os estudos de avaliação (…) no contexto do sistema educativo português, têm mostrado que a avaliação de programas pode ser um importante processo de apoio ao desenvolvimento das políticas públicas de educação”.
A avaliação de programas e de projetos deve permitir obter informação que nos permita considerar formas alternativas de resolver um dado problema, orientar o desenvolvimento de medidas de política e a tomada de decisões e dar a conhecer práticas que funcionem.
Nesta linha de pensamento, Domingues (2011) apresenta e discute cinco questões a considerar no desenvolvimento das práticas de avaliação de programas e projetos educacionais, sendo estas: o conhecimento do programa ou projeto, no qual defende que deva desenvolver-se um profundo conhecimento prévio acerca de um determinado programa ou projeto; os problemas e questões da avaliação, que diz respeito ao facto de o avaliador ao não ser experiente é importante que consulte alguma literatura adequada de modo, a poder formular novas questões com utilidade para quem pediu tal avaliação; o papel dos avaliadores e dos stakeholders (pessoas ou grupos mais importantes para um planeamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas), ou seja, a escolha dos avaliadores não deve ignorar os interesses dos diferentes stakeholders e dos potenciais utilizadores; o método, que está dependente dos propósitos e do contexto em que a avaliação ocorre, sendo que as opções metodológicas estão dependentes das conceções paradigmáticas dos avaliadores ou de quem encomenda a avaliação; e por último as utilizações da avaliação, no qual é esperado que os resultados da avaliação de um programa ou de um projeto sejam utilizados direta ou instrumentalmente na tomada de decisões.
Para concluir, tal como nos diz Fernandes (2011): “Para que os programas e projetos possam cumprir cabalmente os seus desígnios, é necessário encontrar métodos e procedimentos que permitam proporcionar feedback oportuno, rigoroso e profundo que retrate o mais fielmente possível o que funciona, como funciona e porque funciona”
Reflexão crítica
Apos a leitura do texto compreendi que avaliar um programa ou um projeto não é um processo fácil. Não basta só dar resposta a um conjunto de problemas, é imprescindível ter, à priori, atenção a uma serie de questões práticas. Por este motivo é necessário a exigência de peritos qualificados e com experiência.
Devemos pensar a avaliação de um programa como algo adequado, pertinente, eficaz e eficiente.
Acredito que toda a informação que assimilei, vai-me preparar para enfrentar e contornar obstáculos que possam surgir na componente da avaliativa do meu projeto, assim como no meu percurso profissional, visto que hoje em dia em qualquer programa ou projeto a avaliação é obrigatória.